O inventário é o procedimento necessário para formalizar a partilha de bens após o falecimento. Pela via judicial, ele pode levar anos e gerar custos elevados. Já no cartório, quando todos os herdeiros estão de acordo, o mesmo procedimento pode ser concluído em até 15 dias, de forma presencial ou digital, graças à plataforma e-Notariado.

Além da agilidade, a diferença de custos é significativa. Em São Paulo, por exemplo, um patrimônio de até R$ 2,1 milhões pode ter a partilha feita por R$ 6,8 mil no cartório, contra mais de R$ 35 mil na Justiça — uma economia que pode chegar a 80%.

As recentes normas do Conselho Nacional de Justiça ampliaram ainda mais as hipóteses para o inventário extrajudicial, permitindo sua realização mesmo quando há herdeiros menores, incapazes ou testamento. A possibilidade de nomear inventariante em escritura pública também simplificou a gestão patrimonial, facilitando a organização de documentos, o pagamento de tributos e a conclusão da partilha.

Esse cenário ganha ainda mais relevância com a reforma tributária, que prevê o aumento do ITCMD, imposto incidente sobre heranças e doações. Famílias que adiam a abertura do inventário podem enfrentar custos maiores se aguardarem a entrada em vigor das novas alíquotas.

Regularizar o inventário em cartório, portanto, significa não apenas garantir tranquilidade jurídica, mas também proteger o patrimônio contra perdas financeiras futuras.

Se você tem uma herança ainda não partilhada, antecipar esse procedimento pode ser a diferença entre preservar ou perder parte do patrimônio familiar.