O casamento continua sendo uma das decisões mais importantes da vida adulta e, em 2026, essa escolha exige ainda mais atenção. Com a Reforma do Código Civil avançando e trazendo mudanças relevantes nas regras de família e sucessões, casar sem informação pode gerar efeitos jurídicos que muitos só descobrem anos depois.

O primeiro ponto que todos os casais precisam compreender é que casar não é apenas unir vidas, é também unir patrimônios, responsabilidades e expectativas jurídicas.

Cada regime de bens (comunhão parcial, comunhão universal, separação total ou participação final nos aquestos) cria efeitos diferentes sobre aquilo que vocês já possuem e sobre o que irão construir no futuro. A reforma tende a atualizar esses regimes, tornando a escolha prévia ainda mais estratégica.

É por isso que o planejamento familiar prévio, antes mesmo da conversa formal sobre casamento, tornou-se indispensável. Não se trata de segredo ou desconfiança, mas sim de entender quais serão as regras, limites e proteções aplicados ao patrimônio do casal. Esse planejamento, quando feito com um profissional especializado, permite discutir temas que, mais tarde, evitam conflitos: aquisição de bens, proteção empresarial, projetos de vida, expectativas financeiras e até questões sucessórias.

Outro ponto essencial é o pacto antenupcial, necessário sempre que o casal optar por um regime diverso da comunhão parcial. Ele deve ser elaborado com cuidado técnico, porque define o equilíbrio financeiro da vida a dois.

E hoje se reconhece que o pacto não deve tratar apenas do presente, mas também do que pode acontecer no futuro: empresa, herança, investimentos, autonomia patrimonial e até cláusulas de proteção para cada cônjuge.

Em um cenário de mudanças legislativas e crescente complexidade patrimonial, casar exige informação. Investir tempo em entender essas regras não tira o romantismo do casamento, pelo contrário, dá segurança para que a vida a dois seja construída com clareza, transparência e maturidade.

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